Morre ex-prefeito Antério Mânica, condenado como mandante da Chacina de Unaí
Mânica foi condenado a 89 anos de reclusão por quádruoplo homicídio qualificado
O ex-prefeito Antério Mânica, um dos condenados como mandante da Chacina de Unaí, morreu na manhã desta quinta-feira (15), em Brasília, no Distrito Federal. Antério tinha 77 anos e fazia um tratamento no Hospital Sírio Libanês contra um câncer no pâncreas.
Em abril deste ano, o ex-político teve traumatismo craniano após cair em uma unidade de saúde e precisou passar por uma cirurgia de emergência. A informação da morte foi confirmada pela família. A Prefeitura de Unaí decretou luto oficial de três dias.
“Reconhecido por sua atuação marcante e pelos serviços prestados ao município, Antério deixa um legado de liderança e compromisso com o desenvolvimento de Unaí”, disse a prefeitura.
Chacina de Unaí
O crime ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, quando auditores fiscais do trabalho, responsáveis por investigar denúncias de trabalhos análogos à escravidão, e o motorista que os acompanhavam caíram em uma emboscada e foram assassinados.
Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e Aílton Pereira de Oliveira foram as vítimas. Os irmãos Antério Mânica, ex-prefeito da cidade, e o irmão Norberto Mânica, foram acusados e condenados como os mandantes do crime.
De acordo com a investigação, o alvo seria apenas um dos fiscais, mas todos que estavam no local acabaram mortos. Em maio de 2022, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão por quádruoplo homicídio qualificado, com direito a recorrer da decisão em liberdade.
No entanto, em novembro de 2023, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) aumentou a pena para 89 anos e determinou que Antério cumprisse de forma imediata a execução da pena. Em setembro de 2024, ele se entregou à Polícia Federal.
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